"Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, não querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis."

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tristeza Imensa

Que mundo é esse que vivemos?

A dor nos faz chegar ao ponto de não sentirmos mais. De sentirmos apenas um vazio gigante, um medo imenso ou uma sensação de impotência, de como somos nada perto da imensidão de nosso mundo.

A violência de hoje tão jogada em nossas caras, gritando “domino todos os sentidos e estou aqui ó”, é tão forte, que nos faz sentir tão pequenos, a mercê de pensamentos medíocres e sem sentido.

O fato do massacre na escola de Realengo no RJ, só nos traz ainda mais a realidade, mostrando o quão pequeno é o ser humano perto da caminhada a evolução espiritual.

O que passa na cabeça daquele, “que adjetivo usar para uma pessoa sem alma, sem escrúpulos, sem o mínimo de noção e amor ao próximo? Amor ao próximo? Foi isso que mencionei tentando falar daquele assassino? Infelizmente essas belas palavras não cabem aqui nem para dizer que ele está muito longe de não ter amor ao próximo.” E questionar o que passa em sua cabeça não me levará a lugar algum, de tão torpe e baixo esse ser, não gosto nem de pensar. Apenas penso que não cabem adendos além dos quais já estamos acompanhando.

A dor de ver os familiares das vítimas dilacera e traz um sentimento tão ruim e tão sofrido que parece que nada nem ninguém conseguirá fazer esse sentimento desaparecer. E isso é a dor de quem vê de longe. E a dos próprios familiares e amigos? Como amenizar? Como fazer com que ela não seja mais sentida, alguém consegue imaginar se um dia ela irá embora? Digo de coração partido... Eu não.

Nessa hora queremos entender ou colocar a culpa em alguém para tentar minimizar a dor ou ainda não nos sentirmos tão mal perante a tragédia. Assistimos milhares de vezes, em vários canais e telejornais a mesma notícia, contada em diversas vertentes e esmiuçada por todos para tentar sanar a dor ou entender que não deve ter sido tão surreal assim. Mas infelizmente foi.

E aí fica a pergunta: de quem é a culpa? De quem é a culpa de um doente mental fazer um massacre desses? Do governo? Da educação? Dos cidadãos, por não elegerem aos cargos políticos, pessoas realmente preocupadas com o próximo? Ou será que temos opções dignas de escolha?

Dúvidas, pensamentos, desesperos, reflexões, dores; dúvidas... Aonde chegaremos??

Por hoje... A dor de tão recente e latente não traz mais palavras. Esperamos apenas um novo nascer do sol...

"Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.”

Um comentário:

  1. Belas palavras. de fato, não há culpados! precisamos aprender apenas a sermos -- cada vez mais -- humanos!

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